sexta-feira, 30 de agosto de 2013

3ª Entrevista Blog A mãe do Léo - Eliana Galli

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Com atraso, peço desculpas porque estou meio ausente por esses dias e por conta disso acabei me atrasando na postagem da entrevista da lindona Eliana Galli e do pequeno delicioso Miguel.




Mas desculpas aceitas né?! rs

Vamos falar da entrevista da mamãe recém nascida e do bebê Miguel de 6 meses recém chegados.


O bate-papo foi super gostoso e proveitoso, enquanto eu apertava e enchia de carinhos o Miguelzinho, e Fabiola Medeiros clicava.




Vamos conhecer um pouquinho mais de nossa leitora Eliana Galli.




Eliana se descobriu como mãe, mamífera aos 36 anos, em um relacionamento de 16 anos, e casada há 6 anos, tem 3 enteados vindos do primeiro casamento de seu marido, que por sinal mantém ótimo relacionamento com eles, anteriormente trabalhava, mas decidiu ficar em casa para maiores cuidados com seu bebê.







' Acho que me distrai com os filhos dele que na época eram bem pequenos e adiei minha maternagem.
Aos 36 anos meu relógio biológico gritou. Conversamos muito e decidimos ter um bebê.
Tive uma gravidez muito bem assistida e apesar das preocupações por ser uma "primigesta idosa" foi super tranquilo, saudável e sem preocupações.

Me sinto vencedora, pois sempre quis me informar muito antes das decisões e em todos os lados (revistas, sites, até amigas) eu só ouvia dos riscos que poderia ter em ter um bebê nessa idade (eu com 36 e o marido com 51), apesar de todos os blá blá blás, me mantive calma e confiante', conta Eliana.

Eliana conta com sorriso e orgulho á mostra que manteve o aleitamento exclusivo até os 6 meses do Miguel chegarem, e agora faz a introdução gradual dos alimentos. Miguel mostra ótima saúde e esperteza, parabéns pra mamãe Eliana que pretende manter a amamentação prolongada por 2 anos ou mais.


Foi um prazer receber vocês em nosso 'divã', te esperamos para trocarmos muitas fraldas e experiências! ;)



Beijos nossos e continuem a nos acompanhar!














quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Empreendedorismo Materno - Juliana G. Ricci

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A partir de hoje, iniciaremos no blog uma série de empreendedorismo materno, mães que deixaram o mercado de trabalho para cuidar dos filhos, e em algum momento decidiram abrir seu próprio negócio trazendo renda para casa e sustento de sua família, mulheres com força de vontade, com coragem!

Vamos compartilhar idéias, e mostrar que podemos ser mãe, esposa e empreendedora todos os dias com eficiência, afinal, empreendedorismo é o : Indivíduo que apresenta determinadas habilidades e competência para criar, abrir e gerir um negócio, gerando resultados positivos. Características comuns de um empreendedor: Capacidade de liderança, criativo, Responsável, Paixão na área em que atua, Visão de futuro, Persistência, Coragem para assumir riscos, Não desiste ao encontrar qualquer obstáculo, facilidade de expressão, entre outras.


Eu a algum tempo não muito distante, ainda em casa comecei a fazer doces, e saia para vender duas vezes na semana, consegui levantar renda suficiente para ajudar a custear contas da casa, parei por ter sido empregada em outra empresa viável no momento para mim. Também vendia bijuterias que uma amiga também empreendedora fabricava, me repassava e eu distribuía  e nessas vendas e vivências conheci muita gente legal, outras nem tanto, algumas que passei a ter contato quase que diário, a Jú foi uma cliente que virou amiga!!!


Hoje vamos acompanhar como nasceu a mãe empreendedora Juliana Ricci, 35 anos, esposa e mãe da Julia de 2 anos, proprietária da Ju Ricci Baby Imports.




Olá, estou aqui para contar a outras mães como foi que surgiu a ideia de trabalhar em casa e conciliar maternidade\trabalho e inspirar aquelas que assim como eu é uma pessoa pró ativa e que necessita complementar a renda familiar.
Após a maternidade me vi abrindo mão de muitas coisas que antes eu me negaria, um emprego com carteira assinada, uma independência financeira para poder fazer unhas, cabelo semanalmente no meu salão preferido, comprar bolsas, roupas e sapatos sempre que gostaria para poder estar presente na primeira infância de nossa filha Júlia. Não tenho com quem deixa-la em casa, para sair para trabalhar e não aceitava a ideia de coloca-la na escolinha e correr o risco não ver seu primeiro sorriso, balbuciar, engatinhar, dar os primeiros passos, a primeira palavra enfim todas as descobertas que rapidamente ela faria. Então resolvi que não iria trabalhar nesse inicio de vida de nossa filha e dedicaria meus dias exclusivamente a ela. Porém nem sempre o mundo é um conto de fadas e as contas começam a vencer, aumentam mês a mês de acordo com as necessidades da família inclusive da criança e a necessidade de contribuir com a renda familiar se fazia constante.  
Sempre fui uma pessoa empreendedora, trabalhei no banco do povo de minha cidade e conhecia a fundo o mundo do pequeno empreendedor, ministrava cursos sobre empreendedorismo para o SEBRAE aos nossos clientes e comecei a perceber que nesse momento eu teria que aplicar o que já havia ensinado a muitos empreendedores em minha vida. Pesquisei o que seria viável e o que teria que haver o mínimo de investimento possível afinal tinha apenas uma pequena reserva financeira para poder iniciar o meu negocio e ao mesmo tempo algo que fizesse o meu coração vibrar, confesso que fiquei com muita duvida entre trabalhar com decoração de festas e vendas de roupas importadas de EUA  pois são dois mundos que me fascinam muito, porém para trabalhar com festas eu teria que ter uma equipe e também teria que me ausentar principalmente nos finais de semana de casa e ficar longe de minha família além do investimento inicial ser muito maior que o de roupas por encomendas.
Na minha ânsia de começar a vender logo pedi para meu cunhado fazer uma compra para mim em uma de suas viagens a passeio para lá e ele trouxe uma pequena mala que foi como comecei a vender, só que ele foi a passeio e eu precisava de um fornecedor constante, então me aventurei a fazer busca no Orkut, facebook e lá conheci várias pessoas que vendiam roupas importadas porém ninguém me contava como, nem onde.  Mas eu insisti, fiz negócios com a pessoa errada, levei um prejuízo com o capital inicial que eu tinha em mãos, passei por fornecedores que cobram absurdamente caro para despachar a mercadoria, fui atrás do correios para ver se compensaria importar através do importa fácil e vi que o pagamento dos impostos torna a mercadoria mais cara ainda até encontrar o fornecedor certo foi um longo caminho.  Após perder o capital inicial que tinha investido tive que novamente reinventar a forma de trabalho e foi assim que comecei a trabalhar com as encomendas, assim  só investiria naquilo que teria retorno rápido e conseguiria me manter no mercado, muitas pessoas acham que é muito fácil que  compramos roupas a preço de banana e vendemos com uma margem de lucro perfeita, mas não é bem assim, pagamos frete internacional, comissão para fornecedores e na maioria das vezes taxa de tributação da receita federal, mas como todo negócios são as pedras do caminho. Passo noites e noites em claro fazendo pesquisas, correndo atrás de novidades para atrair clientela , fazendo compras nos sites internacionais, mantendo contato com outras vendedoras para aprimorar o meu trabalho e ir reaprendendo um monte de coisas.  Nessa minha jornada conheci pessoas especiais, fiz amigas , clientes e de clientes grandes amigas de longe e de bem pertinho que me ajudam muito e compartilhamos experiências , outras nem tanto (mas essas não merecem sequer ser citadas) , A clientela  que estou aos poucos  formando é bem seleta  porque eu não pretendo ter uma carteira de cliente numerosa e variada, com pessoas de toda parte do país, não no momento,  afinal nem tenho condições de atender uma grande quantidade de pedidos então estou em busca de uma clientela próxima, amigos, parentes, conhecidos e amigos de conhecidos pessoas preferencialmente de Ribeirão Preto, São Sebastiao do Paraiso ( minha cidades natal) e região. Pretendo trabalhar com uma carteira de clientes reais, poder futuramente atender em suas residências com horário marcado na melhor hora para atendê-las e através da internet continuar fazendo os bazares mensais. Além de já ter como projeto a participação de um bazar real que estamos organizando para o final do ano.  


  • E como faço para conseguir conciliar minha vida de mãe, dona de casa com a de empreendedora??? Priorizo minha filha a maior parte do tempo, e é em sua companhia que faço as tarefas domesticas, brincando de casinha com nossa Jujú, almoço no horário para marido e ela a comidinha de suas bonecas, e a única coisa que terceirizo é passar a roupa o resto consigo manter em perfeita harmonia, o tempo que ela dorme corro aqui para ler e-mails, responder in box, montar álbuns com novidades e atender as clientes. Se é fácil?? Não, não é porem para mim é bem melhor do que passar de 8 a 10 horas longe da minha pequena. Após o horário de trabalho do marido, ele me dá uma mega ajuda ficando com nossa filha enquanto eu atendo as clientes em casa ou até mesmo pela internet. Nos finais de semana eu priorizo estar com a família, até atendo clientes que precisam de algum presente, mas minha prioridade é estar junto ao maridão e a minha pequena. E assim lentamente, superando os desafios de iniciar um pequeno negocio estamos caminhando, ainda não posso dizer que financeiramente é o melhor negocio do mundo, mas tenho fé que com perseverança venceremos.  Temos muitos objetivos pela frente, metas a serem cumpridas, etapas a serem vencidas e tenho fé em Deus que nossos planos serão cumpridos.



E assim nasceu a Ju Ricci Baby Store, e para você que também tem vontade de iniciar um próprio negócio fica a dica de que vale muito a pena acreditar na nossa capacidade e refletir muito sobre o que gosta de fazer, artesanato, culinária, vendas, assessoria, estética ou cabelo enfim existe um mercado infinito e promissor em todos os setores e unindo oportunidade, comprometimento e muita dedicação todas nós chegaremos lá e conseguiremos maternar conscientemente nossas crias.





Bom, acho ótima essa troca, essa força de vontade! Jú, muito obrigada por dividir com a gente todo seu aprendizado!!!


E se você também gostaria de dividir a sua história com outras mães, entre em contato com denisepimentalopes@gmail.com ;)



Bjs nossos e até logo!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

2ª Entrevista do Blog A mãe do Léo - Thaiane Guerra Caetano

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É com enorme prazer e honra que recebemos ela no blog, que esteve tão disponível para nos contar TUDO sobre SLING.

Thaiane é enfermeira formada na  Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - EERP USP, doula, consultora em amamentação, proprietária da Mamãe Sunny, casada, e mãe do Nicolas com 2 anos e 3 meses.
É um poço de sabedoria, eu agradeço todos os dias por ter a conhecido e por poder contar com sua troca de experiências, com ela eu aprendi e aprendo todos os dias!

O bate-papo rolou enquanto Thaiane preparava vídeos tutoriais de amarrações de sling, com participação do RN mais delícia do momento, o Raul, filhote recém parido em seu domicilio, da Marina Bagnara.
Foi uma tarde deliciosa, e em alguns minutos poder ter essa sabedoria toda por perto é maravilhoso.

         
E hoje vamos falar do SLING, você conhece? Usa? Sabe de seus benefícios? Conheça aqui.

  • O que é sling?

Sling é um carregador de bebês não estruturado, ou seja, para ser considerado sling ele precisa ser confeccionado em tecido sem partes duras. Há diversos modelos, confeccionados em tecidos diferentes, e utilizados de maneiras diferentes, porém precisam respeitar a fisiologia do bebê e do cuidador.
  • Qual a diferença entre o sling e o canguru?

Sling como eu disse é um carregador não estruturado, o canguru é um carregador estruturado. A grosso modo posso dizer que o sling se amolda ao bebê, e no canguru ocorre o oposto, o bebê se amolda ao carregador que é rígido e estruturado. 
Na maioria dos cangurus as pernas ficam penduradas, o que faz com o que o peso do bebê se concentre nas virilhas, e a coluna também não fica em posição fisiológica. Já no sling o bebê fica em posição de sapinho, ou seja ele fica acocorado, sustentado pelo tecido, não exercendo pressão em regiões de articulação, e acoluna fica em posição semelhante a posição fetal, e o pescoço é sustentado pelo tecido.
  • Então o sling é a melhor escolha?

Sim, por ser ergonômico.
  • Quais os modelos de sling mais comuns?

No Brasil encontramos com mais facilidade o pouch, o sling de argola, o wrap sling.
O Sling de argola é confeccionado em tecido com aproximadamente 2 metros e é ajustado por meio de duas argolas. É um sling bem pratico de ser utilizado. Demanda um pouco de habilidade e se não for usado corretamente pode ocasionar dores no ombro. E atenção as argolas precisam ser próprias para o uso com carregadores. 

O Wrap Slingfoi elegido como o meu preferido. É confeccionado em aproximadamente 5 metros de malha, sem emendas. É muito confortável, distribui o peso, sendo que eu consigo carregar meu filho de 15kg tranquilamente, oferece maior sensação de segurança e conforto. E oferece uma quantidade muito grande de estilos de amarrações. Demanda um pouco de habilidade pelo seu tamanho.



Pouch Sling 
Como o próprio nome diz, ele é como uma bolsa. Preferecialmente confeccionado em tecido 100% algodão. É um sling bem simples e pratico para ser usado. Tem que ser confeccionado sob medida, e o peso do bebê é direcionado em um dos ombros.

  • Quais cuidados devo tomar antes de comprar um sling?
Os cuidados vão depender do modelo do sling. Primeiramente é muito importante conhecer o fabricante, conversar com pessoas que já compraram. O tecido deve ser adequado a cada modelo de sling, assim como o tamanho do tecido. Um tecido de má qualidade e/ou inadequado para aquele modelo pode trazer diversos problemas como risco de queda, desconforto, e sobrecarga de estruturas tanto do cuidador como do bebê. O fabricante deve entender do assunto, é preciso estudar muito, zelar pela qualidade de seus produtos, saber ensinar, saber identificar necessidades de ajustes, saber identificar bebês e cuidadores com necessidades especiais, entender de ergonomia e fisiologia, estar disponivel para ajudar sempre que necessário, conhecer várias técnicas de amarrações e como utiliza-las de maneira correta, assim como saber quais posições são inadequadas. Vejo diariamente muitos slings de má qualidade, já cheguei a pegar um em que a argola quebrou em minha mão. E vejo também muitas pessoas ensinando a utilizar de formas incorretas. O sling é um carregador de bebês seguro, mas é preciso utilizar de forma adequada e para isso o contato de um bom fabricante faz a diferença.



  • Por que  usar sling?

Carregar bebês em carregadores pode parecer algo novo em nossa sociedade, mas é uma prática milenar. E temos diversos tipos de carregadores, que variam conforme a cultura local.
Já é conhecido cientificamente os benefícios do colo. Carregar o bebê no colo por longos períodos de tempo trazem sensação de segurança, facilita a amamentação, reduz ou anula períodos de cólica, os bebês praticamente não choram, melhoram o sono, e acima de tudo melhora a comunicação e o vínculo entre o cuidador e o bebê. Um bebê carregado no colo não precisa chorar para ser atendido, o cuidador compreende e interpreta com mais rapidez seus sinais, não havendo necessidade de choro, o que leva segurança ao bebê.
No mundo ocidental os bebês são apresentados ao mundo na altura dos joelhos dos adultos, ao serem acomodados em carrinhos, bebês confortos, cadeirinhas e etc, isso prejudica a comunicação com o cuidador e com o ambiente. No colo o mundo é apresentado da altura dos olhos do cuidador. Se um pássaro canta, o bebê ouve o barulho e percebe que a mãe direciona seu olhar ao pássaro responsavel pelo canto. O bebê experimenta as reações da mãe e como ela se relaciona com o ambiente. E caso esteja em ambiente com muitos estimulos a mãe pode traze-lo ao peito e impedir esses estimulos.
O sling acomoda o bebê como se fosse um útero, tanto que muitos o chamam de barriga de transição. O bebê fica em contato com a respiração, os batimentos cardíacos, o cheiro, o calor, e isso transmite segurança e alegria, o que favorece seu desenvolvimento. Em culturas onde as mães carregam seus filhos o tempo todo no colo, a cólica é uma ocorrência nula ou rara. 
E com a nossa rotina tão corrida, o cuidador pode realizar outras atividades, ficando com as mãos livres,  enquanto o bebê dorme calmamente sendo embalado pelos movimentos de quem o carrega.

  • Muitas pessoas acham que o colo vicia, carregar o bebê no sling não vai deixa-lo dependente?

Não, muito pelo contrário. Os bebês não querem colo, eles precisam de colo para crescerem e se desenvolverem adequadamente. Inclusive já foi constatado cientificamente que as crianças que tem suas necessidades de carinho, colo e afeto, que tem bem suprida a sua fase de dependência são crianças mais independentes no futuro. Não podemos exigir que um recém nascido saia andando por aí, porque ele simplesmente não tem condições de fazer isso, então também não podemos exigir independência de um bebê que ainda não tem condições neurológicas para tal. A minha dica aos pais é para curtirem muito, beijarem muito, terem intimidade com os filhos, acalentarem no colo, no seio em livre demanda, amor não causa problemas emocionais. Humilhação, violência, desapego, solidão, etc,  causam estragos emocionais em qualquer pessoa.

  • Como nasceu a Mamãe Sunny?

Bom, a Sunny era minha cachorrinha, uma irmã pra mim, que viveu com minha família durante 18 anos. Uma grande mãe, que me ensinou muito a ver a maternidade por uma ótica natural e instintiva.
                                            
Eu engravidei, e o sling foi a minha primeira compra, pois eu sabia que ela era muito além de um pedaço de tecido. E comecei a usar desde o nascimento e fiquei muito encantada com tudo o que ele me oferecia, Nico praticamente não chorava, não sei o que é cólica, eu pude confirmar isso, e o mais extraordinário a nossa comunicação era muito rápida, eu sabia exatamente o que ele queria sem necessitar chorar. E me auxiliou  e muito com a amamentação. Vendo todos esses benefícios eu comecei a fazer alguns slings simples para algumas amigas e essa rede foi se ampliando e daí nasceu a Mamãe Sunny. Procuro sempre me atualizar, estou constantemente estudando sobre a arte de carregar bebês. É ideal que a pessoa compre seus slings com pessoas que entendem da fisiologia do bebê, e que saibam ensinar adequadamente o seu uso, e singularize cada caso.
                                        
É uma alegria imensa acompanhar tantas famílias, e tantas mães em todo o Brasil nesses 15 meses de existência, e saber que eu pude ajudar mesmo que minimamente a trazer um pouco mais de intimidade, amor e afeto a tantas famílias. E também posso conhecer tantas pessoas maravilhosas que contribuem a cada dia para meu crescimento pessoal e me trazem muita alegria.

                                     

Obrigada Thai!!!

Bjs nossos, até mais!

Cuidados com o RN em casa

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Por Zioneth Garcia


Por Zioneth Garcia em Grupo Virtual de Amamentação

Você acabou de chegar em casa com seu Recém-nascido feliz pela chegada do novo membro à família, mas está em duvida de como devem ser os cuidados em casa, como devem ser as mamadas, como saber se ele está mamando suficiente. Todo mundo que foi lhe visitar da um conselho diferente, e sua cabeça está confusa. Então esse guia é para você e vai lhe ajudar se sentir segura sobre os cuidados com seu bebe.  


Saída da maternidade:
Ao sair da maternidade seu bebe foi pesado e medido, essas medidas são a referencia para seguir o crescimento dele dali para frente. É normal os bebes perder até 10% do seu peso de nascimento nas primeiras semanas de vida. É o tempo que levamos para engatar a amamentação, o corpo do bebe está preparado para isso.
Se existe um banco de leite na sua cidade se programe para ir o antes possível e receber todas  ás orientações. se tem banco de leite na maternidade visite-o antes de ir para casa. Mesmo que tenha recebido qualquer orientação na maternidade visite o Banco e Leite. É provável que na excitação do nascimento você não tenha prestado a atenção adequada.


Chegada em casa:
A chegada do novo membro à família é sempre um acontecimento, especialmente para ele que ficou 9 meses na segurança de seu corpo, sem calor, sem frio, sem fome nem gases, nenhuma sensação ruim. Agora está compartilhando o mundo com você, mas você ainda é o seu mundo, então EVITE que o bebe fique dançando de colo em colo, por mais que sejam família ou amigos próximos, para o bebe o colo de qualquer um diferente de você é estranho e desconfortável. Eles não entendem de família, só sabem que estão longe da mãe e se sentem inseguros.



Descanse com o bebe assim que chegar em casa, deixe que seu marido/mãe /amiga atenda as visitas, não fique com vergonha de dispensa-as ou dar tchau  para poder ir dormir com seu bebe.
Se possível avise a sua família e amigos com anterioridade para não receber visitas nas primeiras semanas em casa, você e o bebe precisam de descanso e de tempo sozinhos para se conhecer e acertar a amamentação. Com pessoas fora da intimidade do lar esse processo pode se tornar mais difícil.

A amamentação

Os primeiros dias:

Após o nascimento, graças aos hormônios liberados durante o trabalho de parto e pela perda da placenta, o seu corpo produze o colostro, não é Leite materno ainda, mas é extremamente importante para o bebe consumir ele. O seu bebe tem estomago muito pequeno então não se preocupe se você sente que tem pouco colostro, seu bebe não precisa de muito. Esse colostro é suficiente para o bebe.
O terceiro dia após a chegada em casa costuma ser um dia critico, o bebe pode chorar bastante e mudar algumas coisas na rotina que parecia estabelecida desde a maternidade, para ele terminou em fim de cair a ficha que nasceu . Nessas horas seu colo e peito vão acalmar o bebe. Verifique que a pega esteja correta, e mesmo que você não sinta sair nada de seu peito continue a oferecer, o estimulo do bebe sugando é de vital importância para descer o Leite materno.


A descida do leite materno:
Dependendo da via de nascimento, pode demorar de 3 a 10 dias. A única forma segura de fazer o LM descer é grudando no seu bebe, oferecer o seu peito em livre demanda e manter contato físico constante com ele. Descanse com seu bebe sempre, durma junto com ele. Nos primeiros dias da descida do Leite materno pode experimentar um leve ingurgitamento mamário, as vezes pode se apresentar até uma febre leve, é normal, faça bastante massagem sob o chuveiro quente, e sempre amoleça a aréola antes de oferecer o peito ao bebe, assim facilitará a pega correta. Lembre que na pega correta o bebe deve pegar a aréola não só o bico.


Sempre ofereça o peito aos primeiros sinais de fome, o peito deve ser oferecido em livre demanda, isso significa não contar tempo de intervalos entre mamadas nem de duração de mamada. Não se aferre ao relógio. Ofereça sempre um peito por mamada até o bebe soltar ou dormir, e só ofereça o outro se o bebe assim pede (solta, mas não o aceita de volta o mesmo). Alternar os peitos ao longo do dia fará diferença para você e não pra o bebe, você receberá estimulo em ambos os seios e terá uma produção simétrica. Para o bebe não vai fazer diferença que peito oferece após algum tempo sem mamar, o leite materno posterior que fico no peito não vai ficar parado no peito, ele muda inevitavelmente de composição. Ofereça o peito mesmo que sinta ele “murcho”, lembre que o leite materno se produz no momento da mamada e é nesse peito “murcho” que se produze o leite materno mais rico em gorduras.
Se o RN dorme demais garanta que no mínimo mame a cada 3 hs, se ele não acordar deve estimular ele para mamar. Tire as roupinhas, pegue-o no colo e molhe a boca com um pouco de Leite materno. Se ele dorme mesmo mamando tente acorda-o encostando a sua mão fria ou molhada na testa, mãos, pés ou fazendo massagem circular nas bochechas.

Se ele resiste a abrir a boca tente essa técnica:

Se seu bebe tem menos de 3 k de peso, deve ficar ainda mais atenta às mamadas, após 2 hr dormido verifique o tônus muscular para não passar da hora de mamar, o bebe deve mostrar resistência ao movimento de pernas e braços, ou manifestar o reflexo moro (se esticar ou recolher todo), ao se mostrar desengonçado deve colocar para mamar imediatamente, já passou da hora certa.

Siga a frequência de xixis do bebe, mais de 5-6 fraldas descartáveis bem pesadas de xixi ao dia são sinal que o bebe está mamando bem. Em caso do bebe não fazer xixi suficiente verifique a pega e a frequência das mamadas e coloque para mamar mais seguido. Se for necessário use a técnica de compressão da mama para garantir que ele tenha mamadas eficiente.

Técnica de compressão da mama

É de vital importância manter a amamentação de madrugada, tanto para o bebe como para você, é nesse horário que acontece o pico de prolactina que garante a sua produção de leite materno adequado ao bebe. Por isso veja qual é a configuração na hora de dormir que mais lhe convém. O ideal é que o bebe RN esteja pelo menos no mesmo cômodo com a mãe, se você prefere pode compartilhar a mesma cama com seu bebe seguindo um mínimo de normas de segurança:

Normas gerais de segurança da cama compartilhada


Chupetear o peito não existe. Exite a sucção não alimentar que é tão importante como a sucção alimentar, ela satisfaz as necessidades afetivas do bebe e estimula seu peito para aumentar a produção de leite materno. Lembre que peito é muito mais que alimento, a amamentação oferece a vocês um vinculo único, e o bebe encontra no seu seio conforto, segurança, aconchego, proteção e o AMOR da mãe. Para o bebe não basta ser amado, ele precisa se sentir amado.

Não use bicos artificiais, eles só prejudicam o processo de adaptação da amamentação, nada de chupeta, mamadeira, chuquinhas nem bico de silicone. Eles só irão piorar a incidência de ferimentos causados pela pega errada, atrapalhar o ganho de peso do bebe, leva-o rapidamente à confusão de bicos e um desmame muito precoce.  
Qualquer coisa além de leite materno antes dos 6 meses interrompe o aleitamento materno exclusivo e coloca em risco a saúde do bebe. O bebe não precisa de água, chá, nem nada além do seu leite materno oferecido em livre demanda.  
Veja o que é a confusão de bicos:

Lembre que a recomendação do Ministério da Saúde é que o leite deve ser o único alimento do bebe até 6 meses, até 1 ano de idade continua sendo o principal alimento mas deve ser complementado com alimentos, e a amamentação deve ser mantida até 2 anos ou mais.

Hora do banho:
Não precisa dar banho várias vezes ao dia, mas se for preciso mais de um banho (acidentes acontecem) prefira dar só um banho usando sabonete, shampoo e o resto só com água.
Prepare todo o que vai precisar antes, durante e depois do banho. Nunca deixe o bebe sozinho no trocador nem na cama para buscar algo que esqueceu, prefira dar banho sem shampoo e não correr o risco do bebe cair. Vai precisar de toalha, sabonete, shampoo, álcool 70, fralda, roupas, pomada (se usa), cotonetes.

Veja alguns vídeos explicativos sobre como dar banho no seu RN



Banho de balde é uma técnica muito útil para higienizar e acalmar o bebe nos momentos de estresse, gases, etc. Se sentem dificuldade em dar banho na banheira experimente esse método pode facilitar muito a sua vida.



Escolha um horário para o banho que seja tranquilo para você e o bebe, amamente antes e depois do banho para que o bebe fique calmo.


O coto
O coto umbilical deve ser higienizado pelo menos 3 vezes ao dia, utilizando álcool 70%, sempre depois do banho e nas trocas de fralda. É só limpar o coto com um algodão ou cotonete molhado com álcool. Não precisa limpar com força.  Um pequeno sangramento às vezes é normal. Se houver secreção em excesso ou sangramento, faça o curativo sempre que trocar a fralda.

Geralmente, o coto umbilical leva de 7 a 15 dias para se desprender da barriga do bebê, sendo que a higiene adequada agiliza o processo. Alguns recém-nascidos apresentam um umbigo grosso e gelatinoso o que poderá retardar sua queda em até 25 dias.

Não use nada além do álcool 70 e a água do banho, não precisa acelerar o processo de desprendimento do coto, não o puxe, não use faixas e não coloque nenhum curativo fechado.




Podem aparecer crostas gordurosas sobre a moleira, é normal, é secreção que fica ali acumulada, se não sai com a agua de banho use umas gotas de óleo de amêndoas (natural não o perfumado) ou óleo de cozinha e uma escova suave para retirar antes do banho com shampoo.

Veja sobre a pele do RN:


Fraldas
Evite usar lencinhos umedecidos, eles são práticos, mas podem irritar a pele do bebe. Prefira usar algodão molhado com água para limpar a bundinha do bebe. e se tem a opção lavar com água corrente. Lembre sempre retire os resíduos limpando para trás, para que os resíduos não toquem o conduto genital e a uretra, em meninas especialmente.  
Não puxe o prepúcio de seu menino, ele deve se soltar sozinho ao longo dos próximos meses/anos. Apenas realize a higienização durante o banho. Ao colocar a fralda verifique que o pênis do bebe fique para abaixo (para evitar vazamentos).
Não aperte muito as fraldas e evite que fiquem sobre a região do coto.


Banho de sol:
O bebe precisa tomar banho de sol todos os dias, de 10-15 min antes das 10 hr ou após as 16, isso vai ajudar no metabolismo da bilirrubina e ajudar prevenir a icterícia. Mesmo o sol que entra pela janela do seu Apto está valendo. Tire a roupa do bebe e deixe-o tomar os raios de sol diretamente.  Aproveite e coloque o seu peito ao sol para fortalecer a pele do mamilo e ajudar sarar possíveis machucados, comuns nos primeiros dias de amamentação. 




Icterícia e leite materno


Sobre o colo e outros cuidados:
Bebes ainda mais RN são feitos para ficar com a mãe, seja no colo ou deitados junto com ela, ele não entende nada de vícios, nem de más costumes. Está programado pela natureza para garantir a sua sobrevivência, e para isso o cuidado e a proteção da mãe é fundamental. O que seria do bebe das cavernas se a mãe o deixasse sozinho num canto? Não teríamos chegado até aqui, com certeza, a nossa espécie seria extinta pelas feras.
Os bebes tem um mecanismo de defensa ancestral inato que foi muito útil para se defender dos possíveis predadores de nossos antepassados das cavernas,  ao acordar e se sentir completamente sozinhos, como no berço/carrinho, eles ficam quetinhos e voltam dormir, mesmo sentindo fome, isso para não chamar a atenção de indesejados predadores e dar tempo da mãe voltar para lhe proteger. Mas hoje esse mecanismo pode lhe levar esquecer da hora de mamar, por isso evite deixar o bebe muito tempo sozinho no berço/carrinho, o lugar do bebe é no seu colo preferivelmente,  a sua respiração, calor são o estimulo que o bebe precisa para acordar e mamar.
O contato físico constante, colo continuo, vai garantir um bebe bem estimulado que vai mamar na frequência certa e será muito mais calmo. Esse contato físico constante estimula a rápida descida do LM e o aumento da sua produção na medida que o bebe aumenta a demanda.  Veja sobre a teoria de exterogestação, lhe ajudará acalmar seu bebe nos momentos mais críticos.

O sling pode lhe ajudar muito para ficar com o bebe perto de você e manter ás mãos livres para comer ou realizar outras tarefas. Se não tem um sling ode fazer um, improvisar ou comprar pela internet. Vai ser uma ferramenta insubstituível daqui para frente.  É  muito comum em RN que são colocados para dormir no berço/carrinho sozinhos imediatamente apos a mamada optem por fazer mamadas intermináveis para garantir que a mãe ficará com eles. Permita que seu filho durma no colo apos terminar de mamar, se precisa deixar ele no berço por qualquer razão, que seja só um tempo apos a mamada quando ele esteja bem profundo.

O Conceito do continuum - a importância da fase do colo

Disponibilidade para

amamentar


Teoria da exterogestação, pelo Dr. Harvey Karp

Tudo sobre sling


A ajuda do marido/família/amigos:

O suporte da sua rede de apoio, marido, família e amigos, deve se centrar em você, a função deles é garantir que você esteja bem física e animicamente para poder cuidar do bebe. Não é função de nenhuma pessoa substituir a mãe com mamadeiras, colo, ou cuidados com o RN. Se você está cansada pegue seu filho e vai dormi com ele, amamente deitada, faça cama compartilhada.
Você precisa estar calma e relaxada para cuidar de seu bebe, o seu estresse pode atrapalhar a ejecção do leite materno. Avalie se a ajuda que recebe ajuda mesmo. Às vezes é melhor ficar sozinha com seu bebe e não ouvir comentários desnecessários e desencorajadores o dia inteiro. 

Se alimente bem, se hidrate bastante e mantenha o resguardo, ficar em casa sozinha com o bebe não significa que está em condição de se responsabilizar pelas labores domesticas. Seu corpo precisa do tempo de resguardo para se recuperar da experiencia da gravidez e o parto.

Não duvide em procurar ajuda, nos bancos de leite, em nossa comunidade, nos grupos de pós-parto de sua cidade ou com suas amigas de confiança, não fique sozinha com seus problemas, nenhuma mãe consegue criar seus filhos sozinha.

Sempre ouvirá conselhos de todos os tipos, alguns bons e outros péssimos, selecione, tenha critério e se mantenha bem informada. Aprenda lidar com os conselhos não desejados, veja aqui:

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Como os avós podem (e devem) ajudar na educação dos filhos

1 comentários
De fato é que quando se fala de avós educando as crianças, quase nunca se tem acordo, e vem aquelas frases: 

— Avó é mãe duas vezes!
— Avó é mãe com açúcar!
— Avó foi feita pra estragar!


Bem não é bem assim, e sabemos que educação é coisa séria, e o convívio entre avós e netos é de extrema importância e necessidade, porém é preciso uma linha de consenso de criação entre pais x avós
Para fazer valer a frase correta que seria: OS AVÓS NÃO DESEDUCAM OS FILHOS, é de real necessidade que cumpram o papel com seus netos é - simplesmente - o de avós, é preciso estabelecer um limite entre autoridade dos pais e dos avós para que a própria criança não confunda os papéis. 
A responsabilidade sobre a educação e formação dos filhos recaem sobre os pais e não é delegável. São eles que planejam as principais linhas educativas, os hábitos e os valores humanos que desejam transmitir a seus filhos.

O que se deve entender é que: MIMO SIM, MIMAR NÃO! 
Desde que os pais saibam manter seu posto de capitães do barco, os avós podem desfrutar do seu, o de coronel aposentado.
Não há problemas em  fazerem juntos uma excursão "de ataque" ao armário de doces, porém é óbvio que os avós devem corrigir o neto quando o mesmo fizer um gritaria, mexer aonde não se deve ou bater.
Que eles não sejam responsáveis pela educação do neto não significa que devam não se importar com ela.
Os avós têm uma função de continuidade na educação das crianças, que começa com os pais. Eles podem e devem dar mimo aos netos, brincar, levar para passear, dar conselhos, ter pequenos segredos, mas sempre respeitando a disciplina e os costumes impostos pelo pai e pela mãe.

Mesmo que não concordem, os avós precisam agir de acordo com os princípios dos pais. Se eles não querem que o filho coma chocolate ou tome refrigerante, os avós não podem fazer isso quando o neto está na casa dele. As crianças precisam de regras, que devem ser impostas pelos pais e seguidas pelos avós. 

E como eu disse existem benefícios comprovados na criação de filhos com bom relacionamento com os avós.

A importância deles no desenvolvimento das crianças foi atestada em uma nova pesquisa da Universidade de Oxford, na Grã-Gretanha, com 1,5 mil crianças e adolescentes de 11 a 16 anos. Os estudiosos observaram que as crianças que tiveram os avós por perto cresceram mais felizes. Principalmente nos dias de hoje, quando os pais têm uma rotina atribulada, a proximidade é ainda mais benéfica - e necessária. 

De acordo com o estudo, quase um terço das avós maternas tomam conta dos netos regularmente na Grã-Bretanha. Em entrevista a BBC Brasil, Eirini Flouri, do Instituto de Educação de Londres, disse que, em épocas de separação dos pais, muitos avós desempenham um papel importante ao trazer conforto aos netos e estabilidade a toda a família. A pesquisa também levantou que os avós foram muito importantes no momento de superar dificuldades como a implicância de colegas da escola e no planejamento do futuro, como a escolha da faculdade. 



É importante que pais e avós não discutam sobre a educação das crianças na frente delas. Se surgir alguma divergência, podem solucioná-la permitindo que sejam os avós que cedam ao capricho. Na casa dos avós, que sejam eles que ditem as normas e que decidam se vão comer torta na sobremesa ao invés de frutas.

Desta forma, os pais relaxam um pouco, a educação das crianças não se perde e elas ficarão desejosas de voltar a visitar os avós.

O que não devemos permitir é que a solução chegue a ser cortar o contato da criança com os avós, porque ambos se necessitam e têm direito a enriquecer-se mutuamente...
Eles vão palpitar, sim, sobre a educação da criança. Mas com uma boa conversa, entrar em um acordo não será tão difícil.


Um agradecimento especial aos avós do Léo, que estão sempre prontos a ajudar como cuidadores, e estão aprendendo e se empoderando cada dia mais para ajudar na educação que escolhemos para ele!
Amamos vocês!



Avós maternos do Léo

 Avós paternos do Léo



Fontes: Revista Crescer 


– Mãe, é virose

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É virose!


Publicado no site Bebê.com.br, no dia 10 de dezembro de 2012


É muito comum a criança amanhecer manhosa, com choro, um pouco febril e sem aquela disposição de sempre. E os pais, ao procurarem um pediatra, escutam a frase clássica: “é uma virose.” Afinal, o que é essa tal virose? Segundo especialistas, trata-se de um grupo de doenças causadas por vírus, cujos sintomas mais comuns são justamente a febre, a falta de apetite, o abatimento – ou prostração, como costumam dizer –, irritabilidade, dores de cabeça e no corpo todo, vômitos, espirros, coriza, tosse e, em alguns casos, até mesmo diarreia e feridas na boca e na pele – incômodos que podem aparecer isoladamente ou combinados e que variam conforme os vírus causadores e do órgão ou sistema atingidos.
Os vírus mais comuns são o rinovírus, do resfriado comum; enterovirus, da gastroenterite aguda; sincicial respiratório, causador da bronquiolite viral aguda; os da família Herpes Virus, da varicela ou catapora e gengivoestomatite; e influenza (gripe). Por isso, as viroses mais comuns são aquelas do trato respiratório, principalmente a rinofaringite aguda, mais conhecida como resfriado comum.
“As chamadas viroses banais ou benignas, em que os sintomas são menos intensos e a criança preserva seu bom estado geral, podem durar até sete dias”, explica o pediatra Sergio Eiji Furuta, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Nesses casos um bom exame clínico dispensa testes complementares, de laboratório, que geralmente são traumatizantes para as crianças.”
Segundo pediatras, a febre não se manifesta com a mesma intensidade em todos os tipos de doença e nem de maneira igual em todas as pessoas. Porém, de maneira geral, é possível afirmar que, nas viroses respiratórias a febre é baixa, em torno de 38 graus, persistente, principalmente nos primeiros três dias da doença. “Um elemento que pode auxiliar a família num julgamento preliminar – mas que não dispensa a avaliação do pediatra – é o estado geral da criança. Em regra, aquelas ativas e bem dispostas durante a enfermidade, principalmente nos intervalos em que está sem febre, tendem a apresentar diagnóstico de menor severidade”, explica Guilherme Sargentelli, pediatra do Prontobaby - Hospital da Criança, do Rio de Janeiro.

  
A temperatura do pequeno, aliás, é um aspecto importante para os médicos diferenciarem uma virose de doenças bacterianas ou outras mais graves. Em caso de infecção, a febre geralmente é alta e contínua, muitas vezes não cedendo nem com o uso de antitérmicos. “Nas viroses, a febre geralmente é baixa, cede com antitérmicos ou banhos, piora à noite e dura poucos dias. A criança não fica muito abatida. Bem diferente das infecções bacterianas, nas quais a febre costuma ser alta e contínua, com muita prostração, perda de apetite, só melhorando com antibióticos”, explica Furuta.

Nada de pronto-socorro
Segundo os médicos, é preciso ter muita calma nessa hora. Não há necessidade de correr para o pronto atendimento, assim que surgir o primeiro sintoma de virose. O ideal, segundo a pediatra Márcia Martins Marquesan, do Serviço de Controle de Infecção do Hospital da Criança Conceição, de Porto Alegre, é buscar o atendimento pelo pediatra da criança e não correr ao serviço de emergência. “Se a criança fica bem nos períodos sem febre, consegue brincar, alimentar-se, mesmo que em menor quantidade e não apresenta nenhum sinal de gravidade, como falta de ar,  pequenas manchas vermelhas na pele, vômitos, desidratação e irritabilidade excessiva, os pais podem aguardar de 24 a 48 horas por uma consulta com o seu pediatra”, diz. Segundo ela, quando o médico já conhece a criança, sabe como fica seu estado quando adoece e isso facilita o diagnóstico e o tratamento.
Embora, para muitos, o mais adequado pareça ser procurar ajuda no pronto socorro numa hora dessas, não é. Como explicam os pediatras, esses serviços de emergência devem ser preservados para o atendimento a casos graves e urgentes. “E como a procura é grande, o pediatra de plantão nem sempre tem tempo para explicar direitinho aos familiares o que é uma virose”, destaca Sergio Furuta. Além disso, segundo eles, as famílias e profissionais devem caminhar em direção ao estreitamento da relação médico-paciente em ambulatórios para o acompanhamento de rotina. “Esse vínculo permite, por exemplo, informação, segurança e tranquilidade suficientes para enfrentar situações como essas”, reforça Guilherme Sargentelli.
Como a virose é geralmente benigna, o tratamento consiste no controle dos sintomas: antitérmicos ou banhos, quando há febre, repouso em vez de maior esforço físico, hidratação adequada e alimentação leve. É necessário ressaltar que a dieta deve ser de fácil digestão, preferencialmente líquida, com leite, laticínios e sucos naturais de frutas. E tudo isso conforme as medidas prescritas pelo pediatra. O importante, como destaca Sergio Furuta, é nunca dar  antibióticos por conta própria à criança, porque esses medicamentos não combatem problemas causados por vírus e, ainda por cima, aumentam a resistência bacteriana.
E apesar de muitos pais fazerem de tudo para proteger seus filhos de todas as doenças, inclusive as de menor gravidade, é impossível evitar doenças virais. “É normal a criança apresentar episódios de doenças virais ao longo da infância. Dentro de uma média geral da população infantil, isso não constitui nenhum comprometimento do sistema imunológico”, ressalta Guilherme Sargentelli.
Para Márcia Marquezan, mais importante que tentar “blindar” a criança contra a troca de vírus no ambiente de convívio com outras crianças, é o incentivo a hábitos de higiene, como lavar as mãos, objetos e brinquedos, e o uso individual de utensílios como mamadeiras, copos, chupetas. Além disso, evitar a ida da criança à escola enquanto estiver doente, principalmente logo no começo dos sintomas, quando a transmissão dos vírus é mais intensa. “O sistema imunológico infantil vai se fortalecendo com o passar do tempo, principalmente depois dos 2 ou 3 anos de idade. Hábitos saudáveis de higiene, alimentação adequada, aleitamento materno, vacinação em dia e não exposição ao tabagismo no ambiente doméstico são essenciais para a saúde das crianças em qualquer faixa etária, principalmente quando o sistema imunológico ainda é imaturo”.
Para Furuta, uma maneira eficaz de prevenir as doenças virais é a vacinação. “Pena que não existem vacinas disponíveis para todas as viroses”, lamenta. Assim, as crianças devem ser mantidas em ambientes arejados, ventilados, sem a troca ou utilização conjunta de copos, talheres, toalhas e lenços. E, se apresentarem uma virose e ainda não tiverem sido avaliadas e liberadas pelo pediatra, não devem ser encaminhadas à escola. Assim, evita-se o contágio da doença pelos coleguinhas – as viroses são transmitidas desde o início dos sintomas – e também de não adquirir outro tipo de infecção, principalmente bacteriana, enquanto o organismo estiver debilitado pela virose.
O desaparecimento dos sintomas também depende do tipo de vírus. Em geral, a febre desaparece depois de três dias. Os demais vão enfraquecendo até que, depois de sete dias, não haja mais vestígios.


Alguns dos vírus mais comuns:
Rinovirus: resfriado simples e o mais comum.
Enterovirus: ataca o sistema gastrointestinal (estômago e intestino) e causa a gastroenterite aguda.
Sincicial respiratório: responsável pela bronquiolite viral aguda.
Herpes Virus: uma família de vírus que causa a varicela ou catapora
Gengivoestomatite: que se manifesta com feridinhas na boca.
Influenza: o vírus da gripe.