quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A importância da música na educação infantil e seu desenvolvimento

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A música é um meio de expressão de idéias e sentimentos mas também uma forma de linguagem muito apreciada pelas pessoas. Desde muito cedo, a música adquire grande importância na vida de uma criança. Você com certeza deve lembrar de alguma música que tenha marcado sua infância e, junto com essa lembrança, deve recordar as sensações que acompanharam tal execução.
Além de sensações, através da experiência musical são desenvolvidas capacidades que serão importantes durante o crescimento infantil.
Em condições normais, os órgãos responsáveis pela audição começam a se desenvolver no período de gestação e somente por volta dos onze anos de idade é que o sistema funcional auditivo fica completamente maduro, por isso a estimulação auditiva na infância tem papel fundamental. Sabe-se que os bebês reagem a sons dentro do útero materno e que a música, desde que apropriadamente escolhida, pode acalmar os recém-nascidos.
Vale ressaltar a importância não apenas da música tocada através de um aparelho, mas também o contato estabelecido entre a mãe e o bebê. Assim, cantar, murmurar ou assobiar fornecem elementos sonoros e também afetivos, através da intensidade do som, inflexão da voz, entonação, contato de olho e contato corporal, que serão importantes para a evolução do bebê no sentido auditivo, linguístico, emocional e cognitivo.
Isso ocorre também durante todo o desenvolvimento infantil, pois através da música e de suas características peculiares, tais como ritmos variados e estrutura de texto diferenciada, muitas vezes com utilização de rimas, a criança vai desenvolvendo aspectos de sua percepção auditiva, que serão importantes para a evolução geral de sua comunicação, favorecendo também a sua integração social.
Quando estão cantando, as crianças trabalham sua concentração, memorização, consciência corporal e coordenação motora, principalmente porque, juntamente com o cantar, ocorre com freqüência o desejo ou a sugestão para mexer o corpo acompanhando o ritmo e criando novas formas de dança e expressão corporal.
Contudo, não se deve esperar que apenas a escola estimule a criança. Deve-se, ao contrário, oferecer a ela um leque variado de experiências musicais para que perceba diferenças entre estilos, letras, velocidades e ritmos (trabalhando assim a atenção e a discriminação auditiva) e permitir que faça escolhas e sugira repetições, o que geralmente a criança pequena faz com frequência, como forma de aprendizagem e recurso de memorização (desta forma ela estará trabalhando a memória auditiva).


No setor linguístico percebemos a possibilidade de estimular a criança a ampliar seu vocabulário, uma vez que, através da música, ela se sente motivada a descobrir o significado de novas palavras que depois incorpora a seu repertório.
Todos esses benefícios são estendidos não só à linguagem falada, mas também à escrita, na medida em que boa percepção, bom vocabulário e conhecimento de estruturas de texto são elementos importantes para ser bom leitor e bom escritor.
E então, você já está pensando em alguma música para cantar junto com seu filho? O importante é respeitar interesses individuais e também específicos de cada fase do desenvolvimento; assim, crianças pequenas podem mostrar maior interesse por temas relacionados a super-heróis, seres mágicos, animais, ou assuntos como amizade, medo etc.
Finalmente, quero lembrar que ouvir música não deve ser uma atividade imposta e sim realizada com prazer, pois somente assim os benefícios serão obtidos de forma natural, como sempre deve ocorrer na relação entre pais e filhos.





quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Educação - Desvendando mitos.

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Texto adaptado por: potencial gestante

MITO 1:  se um pai for realmente apegado, envolvido e afinado com seu filho, a criança se comportará bem naturalmente e a disciplina não será necessária.
A VERDADE: você pode envolver-se totalmente com o seu filho desde o momento que ele nasce. você pode ler todos os melhores livros escritos para pais, fazer cursos e fazer tudo absolutamente certo, mas seu filho ainda se comportará mal. a verdade é que isso acontece com todas as crianças. todas cometem erros. todas choramingam, teimam e se mostram agressivas. isso ocorre porque todas elas são seres humanos – jovens, inexperientes e ingênuos.
quando uma criança não se comporta bem, isso não é reflexo da falta de envolvimento ou habilidade dos pais. não é uma indicação de que algo deu errado. é simplesmente uma faceta da nossa condição humana.
é nosso dever e privilégio amar nossos filhos, orientá-los, guiá-los, nos envolver com eles e ser pais dedicados da melhor maneira que pudermos. e é nosso dever entender que nosso filhos são perfeitos – uma perfeição realista e humana que permite erros e maus comportamento no trajeto para o crescimento e desenvolvimento.
nossos filhos não precisam ser impecáveis para receberem nosso amor e apoio incondicionais.
MITO 2: se você ama seu filho e suas intenções são boas, será naturalmente um bom pai ou boa mãe.
A VERDADE: amar seu filho é fácil. criá-lo que é difícil. boas habilidade parentais são aprendidas. criar filhos é complicado, intensivo e sofre mudanças constantes.
para ser um pai calmo e eficiente, você precisa de conhecimento, informação e habilidades. raramente uma pessoa já nasce com todo o pacotão dentro da sua cabeça.
MITO 3: bons pais não perdem a paciência e não gritam com seus filhos.
A VERDADE: até mesmo a pessoa mais tranquila e relaxada perde a paciência e grita, de tempos em tempos – todos somos humanos. não importando o quanto amemos nossos filhos, eles desafiarão nossa paciência, cometerão erros e nos irritarão.
somos um  jovem casal com dois filhos, escrevemos sobre maternidade/paternidade. eventualmente somos até pagos para escrever sobre isso, vivemos ativamente a criação dos nossos filhos, levantamos a bandeira da criação com apego, mas há momentos em que o benjoca apronta que perdemos, sim, a paciência e gritamos, exatamente como você faz. exatamente como qualquer pai ou mãe do mundo. às vezes sobra até pro tov. hahaha.
MITO 4: os pais são totalmente responsáveis pelo comportamento e ações dos seus filhos. pais exemplares têm filhos que só podem ter um bom futuro.
A VERDADE: assim como as personalidades dos adultos diferem, o mesmo ocorre com as crianças. mesmo quando duas crianças são criadas exatamente da mesma forma, na mesma casa e com os mesmos pais, suas diferentes personalidades e percepções sobre a vida afetam a forma como interpretam seus mundos. é verdade que as ações dos pais podem influenciar imensamente o comportamento – mas a personalidade e as experiências de vida fora da família têm um impacto sobre a forma como a criança responde a qualquer situação.
os pais não são 100% responsáveis por todas as ações assumidas por seus filhos. as crianças são seres humanos separados dos pais e desde a idade precoce suas decisões começaram a afetar a trilha que seguirão na vida.
crianças não são um um livro em branco no qual podemos escrever o que bem entendermos ou um boneco de massinha que podemos moldar em qualquer forma que desejarmos. elas já nascem com personalidade própria.
porém, quero deixar bem claro que os pais realmente fazem diferença, e muita. a forma como educamos nossos filhos terá um impacto enorme sobre o adulto que ele se transformará. mas o mérito não será completamente nosso.
MITO 5: se lermos livros escritos para os pais, comparecermos a cursos e aprendermos habilidades e ferramentas eficientes, sempre estaremos no controle. depois que aprendemos todas as abordagens corretas para a criação dos nossos filhos, nossas vidas como pais serão muito tranquilas.
A VERDADE: pais são pessoas, e as pessoas não são perfeitas. não importando quantas habilidades maravilhosas você domine, não importando quanto conhecimento acumule, existirão momentos em que suas emoções interferirão e não reagirá da melhor maneira. de fato, quanto mais sabemos, mais somos críticos sobre nossas ações. começamos a ver os erros com maior clareza e a julgamos nossas falhas com mais rispidez.  os melhores pais são aqueles que se esforçam mais, mas ainda assim se veem sob a luz mais dura possível.
tenha em mente que as crianças são pessoas. eles têm emoções voláteis, humores que variam e muitas necessidades e carências.
desejar 100% de perfeição como pai ou mãe é uma meta impossível. setenta por cento é mais ou menos o nível de perfeição que podemos ter como pais. essa porcentagem resulta em uma família feliz. mesmo com os altos e baixos, 70% terá como resultado um adulto bem resolvido. ou não.
* * *Transcrito de: Soluções para disciplina sem choro, de Elizabeth Pantley, adaptado por: Potencial gestante

O bebê já entende tudo...

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Pesquisas recentes indicam que, desde muito novas, as crianças têm uma compreensão da realidade mais apurada do que imaginamos. Descubra do que são capazes, em cada fase


Quantas vezes você já se pegou perguntando o que passa pela cabecinha do seu filho? Bem-vinda a um clube que não é exclusivo de mães. Também cientistas, pedagogos e outros especialistas em desenvolvimento infantil se colocam essa questão e, a cada ano, somam descobertas surpreendentes para quem tende a achar que o bebê vive em um mundo próprio, alheio ao que se passa ao redor. Essas pesquisas desvendam a mente maravilhosa das crianças e dão pistas valiosas para você entender e estimular seu pequeno.

Até 3 meses
Desde os primeiros dias, o bebê presta atenção em palavras e padrões de frases. Mesmo sem compreender o que é dito, em pouco tempo consegue captar o sentido de uma mensagem pelas entonações e expressões faciais que a acompanham. “E logo estará respondendo a elas com uma comunicação não-verbal, que se estabelece por sorrisos e olhares quando os pais se aproximam, ou diante de um estímulo, como uma música”, explica o neuropediatra Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo.

No primeiro mês, seu filho já reconhece as pessoas da família e reage às gracinhas. Entre o segundo e o terceiro, desenvolve um tipo de choro para cada situação e está bem consciente da importância da mãe para seu bem-estar – por isso, põe a boca no mundo quando fica só. A linguagem se desenvolve com rapidez e, no final desse trimestre, ele começa a emitir os primeiros sons, dando início a uma forma rudimentar de diálogo.O fato de não falar não significa que a criança não entenda boa parte do que dizemos. “E está mais do que provado que conversar com o bebê favorece o desenvolvimento intelectual e emocional”, diz Célia Terra, professora de psicoterapia infantil da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

O primeiro benefício é a estimulação da própria fala e, intuitivamente, as mães são boas nisso, como mostra um estudo da Universidadede Carnegie Mellon, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, nossa mania de exagerar na entonação e esticar as vogais ao falar com o pequeno ajuda-o a perceber as variações de sons e a separação entre as palavras. “Além de investir na clareza da pronúncia, outro bom estímulo é nomear ações, partes do corpo e objetos, apresentando-os de forma simples à criança desde os primeiros meses de vida”, ensina a pedagoga Gabriela Felício, professora de educação infantildo Colégio Visconde de Porto Seguro, em SãoPaulo. Vamos lá, mãe: “Bo-la...”

De 3 a 6 meses
Seu pequeno está muito mais observador no início desse trimestre e ensaia as primeiras tentativas de imitar as pessoas ao redor. Ele também expressa melhor as emoções e dá um salto na capacidade de compreensão. “É hora de, suavemente, começar a impor alguns limites, dizendo ‘não’ sempre que necessário”, afirma Andrea Patapoff Dal Coleto, doutoranda de psicologia educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. Diferenciar êxitos e fracassos é outro avanço importante no período. “A mãe deve ficar atenta e aproveitar todas as oportunidades de elogiar, quando o filho se supera”, aconselha Andrea.

Na linguagem, também há o que comemorar. Com 4 meses, seu filho identifica o próprio nome e entende quando é chamado. E, aos 5, reconhece as vozes das pessoas próximas. É o momento em que ele começa a notar a presença de estranhos e, dependendo do seu temperamento, pode até ficar com medo. Ligadíssimo no tom da voz dos adultos, muitas vezes chora se percebe que alguém fala com ele de maneira dura. É preciso cuidado para não magoar seus sentimentos.

Mas, não é só no campo da linguagem que a turminha surpreende. Também a matemática está no radar dos pequenos dessa idade. Um trabalho realizado no Departamento de Psicologia da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, revelou que, pelo quinto mês, os bebês têm noção de quantidade. Para chegar a essa conclusão,os pequisadores usaram um teatro de fantoches. E, de vez em quando, tiravam dois bonecos de cena. A cada mudança, a plateia mirim reagia como se houvesse algo errado e redobrava a atenção no espetáculo.

Outra investigação – feita por uma equipe da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos – comprovou que os bebês também conhecem algumas leis básicas da física. Prova disso é que demonstraram estranheza ao ver uma caixinha se deslocar no ar, sem apoio, em vez de cair, e ficaram intrigados com um objeto que desaparecia em um lugar e reaparecia em outro, sem movimentos de transição. Na interpretação dos cientistas, é essa noção que ajuda a criançada a calibrar os movimentos, evitando muitas quedas e colisões.

De 6 a 12 meses

É nessa fase que surge uma compreensão dos sentimentos alheios. Por pura empatia, seu filho pode derramar lágrimas ao ver outro bebê chorando ou tentar consolar, à sua maneira, alguém que esteja triste. Ao que tudo indica, ele possui, também, um senso de justiça. As evidências vêm de um estudo da Universidade de Yale. Nele, os pesquisadores colocaram crianças de 9 meses diante de uma série de desenhos animados, nos quais um personagem sempre passava a perna no outro. No final, elas deviam escolher o boneco de um dos dois para brincar. Resultado: nenhum dos bebês do grupo quis ficar com o malvado da história.

Entre 8 e 10 meses, seu filho pronuncia monossílabos,como “mã” e “pá”, reconhece a própria imagem no espelho e compreende o significado de alguns gestos, que tenta repetir, como bater palmas para sinalizar contentamento, balançar a cabeça quando não quer alguma coisa e dar tchau. Em outras palavras: ele está antenado em tudo que os pais fazem e tentará copiar as atitudes que presencia. Por isso, fique alerta aos exemplos que fornece e seja coerente ao impor limites. Apesar de tantos avanços, não pense que, de agora em diante, bastará explicar as coisas verbalmente. “Se a criança pega o controle remoto, a melhor medida é tirá-lo das mãos dela com gentileza e guardá-lo em um lugar mais alto, enquanto diz que aquilo não é brinquedo. E não vale voltar atrás dali a alguns dias, caso o incidente se repita”, ensina Andrea.

De 1 a 2 anos
Eles já têm senso de humor e se divertem com caretas e imitações. Por volta de 1 ano e meio, pronunciam algumas palavras completas, começam a criar frases curtas e referem-se a si mesmos na terceira pessoa – chamam-se de “o bebê” ou “o João”. Seu filho também já entende o significado de expressões relativas ao espaço físico – como “em cima” e“embaixo” –, além ter algumas noções de causa e efeito, como saber de antemão que, caso vire o copinho com o suco, o líquido irá se derramar e poderá molhá-lo.

Com uma capacidade de concentração mais apurada,consegue acompanhar histórias curtas. Então, se ainda não o fez, aproveite para apresentá-lo aos primeiros livros, cultivando desde já o prazer da leitura. Prepare-se, também, para lidar com algumas teimosias. Nessa idade, a criança tem bastante vontade própria e demonstra seus sentimentos com mais força. Mas, isso não precisa se transformar em sinônimo de confronto.O segredo é combinar a negativa com possibilidades de escolha. Então, se ele pegou um livro para brincar, negocie: “Este livro é da mamãe, mas você pode ficar com um desses dois, que são seus”.

Por em prática seus talentos diplomáticos vale a pena. “Oferecer as escolhas certas é uma forma de colocar limites e um incentivo à autonomia, à medida que estimula o bebê a tomar as primeiras decisões”, diz Andrea. O senso de justiça e a empatia, característicos de fases anteriores, continuam sendo aprimorados nessa etapa, garantem os cientistas. E uma pesquisa realizada na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, com 50 bebês de 15 meses, não deixa dúvidas sobre isso: todos os pequenos se mostraram indignados com uma divisão desigual de guloseimas!

Outro experimento, levado a cabo pelo Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha, por sua vez, constatou que crianças de 18 meses entendem quando alguém precisa de ajuda. A prova? Gentilmente, elas tentaram puxar a porta para um adulto que estava com as mãos ocupadas e não conseguia abri-la. E você ainda duvida que seu fofo sabe das coisas?

Ops! Cuidado com o que diz
Seu bebê é muito esperto, mas nem por isso entende figuras de linguagem e outras sutilezas. Portanto, ainda que esteja nervosa na hora de uma bronca, policie-se para não dizer coisas como: “Você só me dá dor de cabeça” ou “ Você só faz isso para me irritar”. “Esse tipo de acusação leva a criança a se sentir culpada e, com o tempo, pode abalar a autoestima dela”, alerta a psicoterapeuta infantil Célia Terra, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Outro cuidado importante é nunca negar os sentimentos e as percepções do filho. “Se ele cair e chorar, em vez de dizer que não foi nada, diga que sabe que doeu e que vai ajudá-lo a se sentir melhor, lavando o machucado ou fazendo uma massagem”, ensina Andrea Patapoff Dal Coleto,doutoranda de psicologia educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas.


Fonte: http://bebe.abril.com.br